sábado, 12 de maio de 2012

O Expressionismo

Expressionismo

O movimento artístico expressionista abrange a expressão dos sentimentos e das emoções. O expressionismo mostra o lado pessimista da vida, a face oculta da modernização, o isolamento, a alienação, fazendo com que os artistas fossem capaz de sintonizar os sentimentos mais profundos das pessoas, tornando a angústia a principal característica do movimento.
O objetivo do expressionismo é tornar importante o impacto emocional do expectador, deixando os temas distorcidos e exagerados, fazendo com que as emoções sejam representadas sem existir uma obrigação com a realidade externa, mas sim com a natureza interna e as impressões causadas no expectador.

Cinema expressionista

O expressionismo se constituiu em grande área como a arquitetura, artes plásticas, literatura, música, teatro, dança, fotografia, cinema, etc. O cinema expressionista teve seu início após a Primeira Guerra Mundial. A junção da expressão emocional e da distorção do expressionismo foi o ápice para a linguagem cinematográfica, tendo a ajuda e contribuição do teatro com inovações cênicas, sendo adaptadas para o cinema.
Essa área expressionista teve 5 etapas: o expressionismo puro (chamado de "Caligarismo"), neorromantismo (de Murnau), realismo crítico (Pabst, Siodmak, Lúpu Pick), sincretismo (de Lang) e naturalismo (de Kammerspielfilm).

Exemplos de filmes:

- O gabinete do Dr. Caligari, de Robert Wiene (1920)

O clássico de horror é a origem do estilo expressionista do cinema, Dr. Caligari é um misterioso hipnotizador, que chega acompanhado do sonâmbulo Cesare, que, supostamente estaria adormecido há 23 anos. A noite, Cesare perambula pela cidade, concretizando as previsões fatais do seu mestre. 













 - Nosferatu, de F. W. Murnau (1922)

Clássico do cinema expressionista e pai de todos os filmes sobre vampiros, o filme conta a história de um corretor da cidade de Bremen que deixa a sua noiva para ir à costa do Mar Báltico, fazer a venda de um castelo cujo proprietário é o Conde Orlock, que durante o dia dorme em um caixão e à noite desperta para se alimentar de sangue humano. Quase uma década antes da audiência americana ser aterrorizada por Bela Lugosi como Conde Drácula, a Alemanha ficou horrorizada com a imagem do vampiro Nosferatu, baseado na obra "Drácula", de Bram Stoker.











- Metropolis, de Fritz Lang (1927)
Grande obra-prima do expressionismo alemão, o filme utiliza seu visual esplêndido e sua história cativante para debater, ainda nos anos 20, a questão da desigualdade social, escancarando os problemas do capitalismo.
Metropolis é uma mega cidade no ano de 2026 onde os poderosos vivem na superfície enquanto os operários trabalham duramente para manter o funcionamento local na chamada “cidade dos operários". O governador local solicita ao inventor Rotwang, o desenvolvimento de um robô, buscando substituir o trabalho humano no futuro. Paralelamente, Maria, uma espécie de líder espiritual, fala aos operários sobre a vinda de um mediador que irá salvá-los e pede que eles evitem o uso da violência. Mas o robô de Rotwang assumirá a forma de Maria para semear a discórdia entre eles. Só que o governador não imaginava que seu filho Freder Fredersen iria se apaixonar por Maria.
O filme estabeleceu o padrão visual para o gênero ficção-científica, misturando todo este visual estilizado às características do cinema expressionista.
As característica dos filmes basicamente remete à força psicológica através de cores fortes e puras, em formas retorcidas e na composição agressiva. Assim como o uso da iluminação nos filmes não importavam muito pois era alteradas de propósito.  





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